O que muda pra você com as novas regras do BC para bandeiras de cartão de crédito?

O que muda com as novas regras do Banco Central para cartões? Entenda aqui como a responsabilidade da bandeira em falhas e as mudanças no chargeback afetam sua segurança.

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Já passou por aquele perrengue de ter uma compra negada, mesmo com limite no cartão? Ou, pior, o lojista não recebeu o pagamento por uma falha no sistema? Calma que vem aí: novas regras do BC para bandeira de cartão de crédito!

Pois é, para trazer mais segurança para todo mundo, o Banco Central publicou uma resolução que muda o jogo. Essas novas regras definem claramente de quem é a responsabilidade quando algo dá errado.

Além disso, a principal novidade é que a bandeira do seu cartão passa a ter um papel muito maior em garantir que tudo funcione perfeitamente.

Por isso, neste artigo, vamos desvendar, de forma simples e direta, o que essa mudança significa para você, consumidor, e também para os lojistas.

Afinal, entender essas atualizações é fundamental para usar seu cartão com mais segurança e tranquilidade.

Uma visão em close-up de três cartões de crédito de diferentes bandeiras (MasterCard, Visa e American Express) sobrepostos, com foco nos logotipos. A imagem representa a diversidade de opções no mercado e a importância de entender as novas regras do BC para cartões, especialmente em relação às bandeiras.

Quando a responsabilidade é clara, todos ganham: consumidores, lojistas e o próprio sistema financeiro. Segurança e transparência nunca foram tão essenciais.

O que são as novas regras do BC para bandeira de cartão?

O Banco Central (BC) editou a Resolução BCB nº 522, que aprimora o gerenciamento de riscos nos arranjos de pagamento.

Embora o nome pareça complicado, o objetivo é simples: tornar as transações com cartões mais seguras, transparentes e eficientes para todos os envolvidos.

Pois, antes, em uma falha na transação do cartão, podia haver um jogo de empurra para decidir quem arcaria com o prejuízo. Não se sabia se seria o banco emissor do cartão, a maquininha (credenciadora) ou, em alguns casos, o próprio lojista.

Mas agora, as novas regras do BC para bandeira de cartão vêm para colocar um ponto final nessa dúvida. A principal mudança é que a responsabilidade da bandeira do cartão se torna o pilar central de todo o sistema.

Isso significa que a bandeira do seu cartão de crédito, seja ela Visa, Mastercard, Elo, American Express, é a responsável final por garantir que uma transação aprovada seja devidamente paga ao vendedor.

Como a responsabilidade da bandeira do cartão afeta você, consumidor?

Quando o Banco Central definiu que a bandeira do cartão deve garantir o pagamento em caso de falhas, muita gente pensou que só os lojistas seriam beneficiados.

No entanto, essa mudança traz impactos positivos também para quem usa o cartão no dia a dia.

Por isso, a seguir, você vai entender como essa nova responsabilidade das bandeiras aumenta a confiança no sistema, agiliza a resolução de disputas e facilita o processo de contestação de compras.

1. Mais confiança no sistema

Saber que existe um responsável final e bem definido para garantir a liquidação das transações aumenta a confiança geral no sistema de pagamentos.

Consequentemente, isso incentiva a aceitação de cartões em mais lugares e a criação de soluções de pagamento mais inovadoras e seguras.

Principalmente porque, a partir de agora, há uma previsibilidade maior para todos os participantes.

2. Resolução de disputas mais ágil

Embora a regra foque na relação com o lojista, um sistema mais robusto e com responsabilidades claras tende a otimizar todos os processos, incluindo a resolução de problemas que você possa ter.

A tendência é que, com as bandeiras monitorando os riscos de forma mais centralizada, a identificação de fraudes e a comunicação entre as partes se tornem mais eficientes.

3. Menos burocracia em contestações (chargeback)

Um dos pontos mais interessantes para o consumidor está nas mudanças sobre o chargeback cartão de crédito. Mas o que ele é?

O chargeback é o seu direito de contestar uma compra que você não reconhece ou que deu algum problema (produto não entregue, serviço não prestado, etc.).

Portanto, a nova regra traz mais clareza sobre os prazos e responsabilidades nesse processo, como veremos a seguir.

O que muda no Chargeback com as novas regras?

O processo de chargeback cartão de crédito foi um dos focos da atualização. As novas regras do Banco Central para cartões estabeleceram um limite claro para a responsabilização financeira dos participantes da cadeia de pagamento. Funciona assim:

  • Prazo de 180 dias: A partir da data em que a compra foi autorizada, os participantes do arranjo (como o banco emissor e a credenciadora) têm um prazo de até 180 dias para serem responsabilizados financeiramente por um chargeback.
  • Após 180 dias: Se a contestação ocorrer após esse período, a responsabilidade financeira passa a ser integralmente da bandeira do cartão, caso as regras do arranjo permitam essa contestação tardia.

Na prática, o que isso significa?

Isso cria um prazo definido para a resolução de disputas, evitando que lojistas fiquem indefinidamente sob o risco de terem uma venda contestada.

Para você, consumidor, a mudança reforça a importância de verificar sua fatura regularmente e contestar cobranças indevidas o mais rápido possível.

Preferencialmente dentro desse período de seis meses, para garantir que o processo corra de forma mais fluida entre as instituições financeiras.

Outras mudanças importantes que você precisa conhecer

As novas regras do BC para bandeira de cartão de crédito vão muito além da responsabilidade da bandeira e do chargeback.

Já que o pacote de mudanças traz uma série de ajustes que tornam o sistema de pagamentos mais seguro, transparente e eficiente para todos.

A seguir, você vai conhecer outras novidades que impactam diretamente o uso do cartão, como o fim das garantias cruzadas, o reforço da regra honor all cards e as exigências de transparência e gestão de riscos.

Fim das garantias cruzadas

O fim das garantias cruzadas representa um avanço importante para o mercado de cartões.

Pois agora, a bandeira não pode mais exigir que participantes, como credenciadoras e bancos emissores, ofereçam garantias financeiras entre si para processar transações.

Com essa mudança, a gestão dos riscos financeiros fica totalmente sob responsabilidade da bandeira. Isto simplifica as relações e reduz a burocracia entre as empresas do setor.

Dessa forma, o fluxo de pagamentos se torna mais ágil e transparente, beneficiando tanto os estabelecimentos quanto os consumidores, que passam a contar com um sistema mais seguro e eficiente.

Reforço na regra Honor all cards

A regra conhecida como honor all cards, ou honrar todos os cartões, foi reforçada. Ela proíbe que credenciadoras ou subcredenciadoras discriminem ou se recusem a aceitar cartões de determinados emissores.

Na prática, funciona assim: se a maquininha aceita a bandeira Visa, por exemplo, ela deve aceitar todos os cartões Visa, não importa qual banco o emitiu.

Isso garante mais conveniência para você, que não precisa se preocupar se o seu cartão específico será aceito naquele estabelecimento.

Mais transparência e gestão de riscos

As bandeiras agora são as únicas responsáveis por monitorar e gerenciar os riscos de todos os participantes do seu arranjo. Elas também precisam ser mais transparentes sobre os critérios que utilizam para isso.

O objetivo é deixar claro o papel de cada um e fortalecer a prevenção a fraudes, como a lavagem de dinheiro e outras atividades ilícitas.

Além disso, isso traz mais segurança para o sistema de pagamentos, elevando-o aos padrões já exigidos do Sistema Financeiro Nacional.

Conclusão: Um futuro mais seguro para seus pagamentos

As novas regras do BC para cartões representam um passo fundamental para fortalecer o ecossistema de pagamentos no Brasil.

Pois, ao centralizar a responsabilidade na bandeira do cartão, a regulamentação elimina incertezas e protege tanto consumidores quanto lojistas contra falhas e prejuízos.

Para você, o resultado é um ambiente de pagamentos mais confiável, transparente e eficiente. Saber que há uma estrutura sólida garantindo cada transação, desde o pagamento aprovado na maquininha até a liquidação final.

Ficar de olho nessas atualizações é essencial para exercer seus direitos e aproveitar ao máximo a conveniência e a segurança que os meios de pagamento eletrônicos oferecem.

Perguntas frequentes:

Essas novas regras valem também para cartões de débito?

Sim. As regras se aplicam aos “arranjos de pagamento”, um termo técnico que engloba as transações feitas tanto com cartões de crédito quanto de débito e pré-pagos. A lógica de responsabilidade da bandeira vale para todos eles.

Eu, como consumidor, preciso fazer alguma coisa para me adequar?

Não, você não precisa fazer nada. As regras são direcionadas às instituições que participam do sistema de pagamentos (bandeiras, bancos, credenciadoras). Para você, os benefícios de maior segurança e transparência são automáticos. A única recomendação é manter o bom hábito de checar suas faturas e extratos com frequência.

Se uma transação minha falhar, a bandeira vai me pagar diretamente?

Não diretamente. A responsabilidade da bandeira é garantir o pagamento ao estabelecimento comercial (o recebedor). Para o consumidor, caso haja uma cobrança indevida por uma transação que falhou, o procedimento continua o mesmo: entrar em contato com o emissor do seu cartão (o banco ou a fintech) para solicitar o estorno. A nova regra age nos bastidores para garantir que o lojista não fique no prejuízo.

As empresas já estão seguindo essas novas regras?

A resolução entrou em vigor na data de sua publicação, em novembro de 2025. No entanto, o Banco Central deu um prazo de 180 dias para que as instituições protocolem os pedidos de autorização e ajustem seus regulamentos e sistemas internos. Portanto, a implementação completa é um processo gradual, mas a responsabilidade final da bandeira já está estabelecida pela norma.

Nayara Krause


Jurista com pós-graduação em Direito Constitucional e letróloga habilitada em Línguas e Literaturas Portuguesa e Italiana.

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